Grupo Corpo


Fundado por Paulo Pederneiras, unido a alguns familiares e amigos, em Belo Horizonte no ano de 1975 - momento e lugar que não propiciavam espaço e campo de trabalho para a dança, o que foi conquistado e criado pelo grupo – teve sua primeira criação no ano seguinte ao seu nascimento. Com música composta por Milton Nascimento e coreografia do argentino Oscar Araiz, o balé “Maria maria” ganhou o apreço do público e da crítica.
O intuito primordial de se tornar profissional, o pioneirismo no quesito “brasilidade na dança” e a busca por uma identidade artística, assim como, excelência e estrutura que garantissem sua continuidade, fez do Grupo Corpo uma das companhias brasileiras de dança contemporânea mais reconhecida no cenário nacional e, principalmente, internacional. Entre os elementos que compõem seus espetáculos é nítida a integração.
Passados quatro anos desde a conquista da sede própria, Rodrigo Pederneiras, em 1981, passa a incorporar o grupo assumindo o posto de coreógrafo-residente. Dessa forma, os irmãos Pederneiras moldam aquilo que se tornaria a personalidade do Grupo Corpo. E, após outras, em 1992 Rodrigo coreografa a obra intitulada “21”, um marco de “retorno a um passado bem-sucedido”, pois o grupo volta a utilizar trilhas sonoras originais, especialmente compostas para os espetáculos e isso torna-se um critério fixo, ou seja, uma regra.
Patrocinado pela Petrobras desde 2000, o grupo mantém a Escola de Dança Corpo e a ONG Corpo Cidadão. Tendo seu nascimento junto com o grupo, a escola vem desenvolvendo seu trabalho com uma metodologia própria, que aborda, entre outros, pontos como história da dança e produção coreográfica, visando estimular e enriquecer culturalmente seus alunos. Por sua vez, criada em 2000, a ONG tem como objetivo a utilização do poder da arte-educação como fonte restauradora e transformadora para o desenvolvimento e inclusão de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
A qualidade que permeia seus trabalhos conquista cada vez mais espaço e público pelo mundo e, principalmente, ajuda a abrir caminhos e oportunidades em um Brasil onde as artes e a educação não encabeçam as (pre)ocupações do governo.
Atualmente o Grupo Corpo tem, em média, 70 espetáculos por ano e mais da metade é realizado no exterior. De acordo com sua trajetória, pode-se destacar os seguintes espetáculo:
Breu - A primeira imagem que toma forma é de uma paisagem devastada, onde o único movimento que se pode vislumbrar é incorpóreo;
Ímã - Inspirado na crônica do antropólogo Roberto Da Matta, Ímã gira em torna das dualidades do ser humano e dos princípios que regem as relações;Lecuona - Cordas, piano e as “paixões” humanas;
Missa do Orfanato - Retrato do desamparo, solidão e misérias humanas;
Onqotô - A metafísica, tormento da espécie humana, e a vastidão misteriosa e indizível que é o universo.


Bibliografia:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2006/09/21/285752922.asp
http://www.grupocorpo.com.br
http://www.hotsitespetrobras.com.br/cultura/projetos/14/35
http://www.tvcultura.com.br/metropolis/blog/29308


Trabalho desenvolvido pela acadêmica Alice Braz Iturriet.

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